domingo, 2 de janeiro de 2011

Curiosidades das Igrejas Orientais


Natal armênio acontecerá no dia 6 de janeiro de 2011;
Epifania ortodoxa acontecerá também no dia 6 de janeiro;
Natal Ortodoxo: 7 de janeiro de 2011. A diferença nas comemorações natalinas data do tempo do Papa Gregório XIII que mudou o calendário Juliano para o Gregoriano. Várias igrejas não católicas se recusaram a usar o novo calendário. Só as igrejas ortodoxas da Rússia, Ucrânia, Servia e Grécia observam esta data.
Epifania Ortodoxa[2]: 19 de janeiro de 2011


[1] Numeração dos Salmos: a numeração dentro do primeiro parêntese refere-se á anotação hebraica; a de fora segue a Nova Vulgata, adotada pela Igreja Católica e também usada pela Bíblia AVE-MARIA; as demais seguem a numeração inversa (Nova Vulgata dentro do parêntese). A numeração dos versículos (estrofes) é obtida no DIRETÓRIO LITÚRGICO DA CNBB, 2011; a numeração do segundo parêntese está relacionada ao versículo de resposta.
[2] Epifania vem da palavra grega "epiphaneia" que significa "manifestação" quando se comemora a aparição do Menino Jesus para os Magos (ou os Três Reis Magos). Ele marca o fim do período de doze dias de Natal e é também chamada de "A Adoração dos Magos" ou "A Manifestação de Deus". Segundo a lenda baseada em um capítulo da Bíblia, três reis, Caspar, Melchior e Baltazar viram uma estrela brilhante na noite do nascimento de Cristo. Eles seguiram a estrela para Belém onde encontraram o menino Jesus. Os três reis deram à criança ouro, incenso e mirra. A religião ortodoxa segue o calendário juliano e não o gregoriano

A liturgia do dia

A festa da Epifania é a grande convocação que Deus faz, a fim de que todas as nações e raças encontrem forças para tornar humano e fraterno o nosso mundo. Essa é, no fundo, a expectativa de Deus que transparece em toda a Bíblia. Mas é em Jesus que ela toma corpo e forma, aparecendo como proposta oferecida a todos. Contudo, a ganância e o desejo de poder – presentes no Herodes do tempo de Jesus e nos Herodes de todos os tempos – tentam sufocar essa esperança. Porém, os homens de boa vontade têm uma “estrela”, não cessam de “sonhar” um caminho alternativo, que não passa pelos poderosos, mas nasce do menino-pastor. Essa caminhada é cheia de dificuldades, mas é Deus quem a ilumina, gerando forças e vida nova. [A liturgia de hoje vale para os anos A, B e C.]

SANTOS DO DIA DE HOJE 02/01/2011

Abel (patriarca bíblico, o segundo filho de Adão, cuja história se encontra em Gn 4; foi citado por Jesus em Mt 23,35 como sendo o primeiro mártir).
Abelardo de Corbie (abade). 
Argeu, Narciso e Marcelino (mártires de Tomes, no Ponto). 
Aspásio de Melun (presbítero). 
Bladulfo de Bobbio (monge). 
Claro (abade de São Marcelo). 
Gaspar de Búfalo (fundador dos Missionários do Precioso Sangue). 
Isidoro de Antioquia (bispo, mártir). 
Isidoro de Nitria (bispo). 
Macário de Alexandria (abade). 
Martiniano de Milão (bispo). 
Vicenciano de Limousin (eremita). 
Airaldo de Maurienne (bispo, bem-aventurado). 
Bentivoglio de Bonis (franciscano, bem-aventurado). 
Geraldo Cagnoli (franciscano, bem-aventurado). 
Estefânia de Quinzanis (virgem, bem-aventurada).

sábado, 1 de janeiro de 2011

PAPA: A GUERRA É O ROSTO MAIS HORRÍVEL E VIOLENTO DA HISTÓRIA

Cidade do Vaticano, 1° jan (RV) - Bento XVI presidiu, na manhã deste sábado, na Basílica de São Pedro, a celebração eucarística da Solenidade de Maria Mãe de Deus e 44° Dia Mundial da Paz.

O Santo Padre, em sua homilia, fez um apelo às nações para que se empenhem pela paz no mundo e pelo respeito da liberdade religiosa. 

"Ainda envolvidos no clima espiritual de Natal, em que contemplamos o mistério do nascimento de Cristo, hoje celebramos com os mesmos sentimentos a Virgem Maria, que a Igreja venera como Mãe de Deus, enquanto deu corpo ao Filho do Pai Eterno" – frisou o Papa. 

"A Igreja pede ao Senhor para que abençoe o novo ano que se inicia, consciente de que, diante dos trágicos acontecimentos que marcam a história, diante das lógicas de guerra que infelizmente ainda não foram superadas, somente Deus pode tocar o coração humano e assegurar esperança e paz à humanidade" – ressaltou ainda o Santo Padre, que acrescentou: 

"Está consolidada a tradição, que no primeiro dia do ano a Igreja, espalhada por todo o mundo, eleve uma uníssona oração para invocar a paz. É bom iniciar um novo caminhar andando com decisão em direção à paz. Hoje, queremos recolher o grito de tantos homens, mulheres, crianças e idosos, vítimas da guerra, que é o rosto mais horrível e violento da história. Rezemos hoje para que a paz, que os anjos anunciaram aos pastores na noite de Natal, possa chegar a todos os lugares: "paz na terra aos homens de boa vontade" (Lc 2,14). Por isso, especialmente com nossa oração, queremos ajudar cada pessoa e cada povo, sobretudo aqueles que possuem responsabilidade de governar, a trilhar sempre de um modo decisivo no caminho da paz" - sublinhou o pontífice.

Bento XVI frisou que "é no nome de Maria, Mãe de Deus e dos homens, que a partir de 1º de janeiro de 1968 se celebra em todo o mundo o Dia Mundial da Paz. A paz é dom de Deus, como ouvimos na primeira leitura: O Senhor nos dê a paz (Nm 06:26). Esse é o dom messiânico por excelência, o primeiro fruto da caridade que Jesus nos doou, é a nossa reconciliação e pacificação com Deus. A paz é também um valor humano a ser realizado no plano social e político, mas tem suas raízes no mistério de Cristo".

O Santo Padre recordou que em sua mensagem para o 44° Dia Mundial da Paz, celebrado hoje, intitulada "Liberdade religiosa, caminho para a paz" que "o mundo precisa de Deus; precisa de valores éticos e espirituais, universais e compartilhados, e a religião pode oferecer uma contribuição valiosa na busca da paz, para a construção de uma ordem social e internacional justa e pacífica". 

O Papa acrescentou que "diante das ameaçadoras tensões do momento, diante especialmente das discriminações, arbitrariedades e intolerâncias religiosas, que hoje agridem particularmente os cristãos, mais uma vez renovo o convite para que não cedam ao desânimo e à resignação. Exorto a todos para rezar a fim de que chegue a bom fim os esforços realizados em toda parte para promover e construir a paz no mundo. Para esta difícil tarefa não bastam palavras, é necessário o empenho concreto e constante dos responsáveis das nações, mas é sobretudo necessário que cada pessoa esteja animada pelo autêntico espírito da paz, que deve ser implorado sempre na oração e vivido nas relações diárias, em todo ambiente".

Bento XVI concluiu sua homilia ressaltando que "a Virgem Maria nos doa seu Filho, nos mostra o rosto de seu Filho, Príncipe da Paz: que ela nos ajude a permanecer na luz deste rosto, que brilha sobre nós para que possamos redescobrir toda a ternura de Deus Pai. Que Maria nos ajude a invocar o Espírito Santo, para que renove a face da terra e transforme os corações, dissolvendo a sua dureza diante da bondade do Menino, que nasceu para nós. A Mãe de Deus nos acompanhe neste novo ano e obtenha para nós e para o mundo inteiro o desejado dom da paz". (MJ)

REFLEXÃO PARA O DIA 1º DE JANEIRO DE 2011

Cidade do Vaticano, 1° jan (RV) - Neste início do ano, a liturgia da Solenidade de Maria Mãe de Deus inicia com um texto sobre bênção. Abençoar siginifica invocar sobre alguém ou alguma coisa a proteção, a vida, a paz, enfim, o favor de Deus. Sua força não depende de quem a invoca, mas do poder e da vontade de Deus, o parceiro do homem!

É importantíssimo alertar que bênção não é sinônimo de magia. Ela significa que os homens abençoados terão as mesmas dificuldades, os mesmos contratempos dos não abençoados, contudo eles terão a luz da fé para enfrentar as adversidades e, como diz São Paulo, entenderão que: “tudo colabora para os que estão no benquerer de Deus”.

Javé abençoa e guarda; Javé manifesta sua graça e benevolência, a plenitude de bens; Javé dê a paz.
No Natal falamos muito da paz, de Jesus é o Príncipe da Paz e neste 1º dia do ano celebramos o Dia Mundial da Paz. A última invocação da tríplice bênção do dia de hoje invoca sobre o abençoado a paz.

No Evangelho Lucas nos apresenta Maria como aquela que reflete, que discerne, ao dizer que ela “guardava todos esses fatos e meditavasobre eles em seu coração”. Quanta sabedoria! Quantas energias não pouparíamos e quanto tempo não ganharíamos se aprendessemos com Nossa Senhora a refletir sobre os acontecimentos, sobre o que nos falam, sobre nossas expectativas e a reação das pessoas! Quantos momentos de paz não teríamos vivido se refletíssimo sobre os acontecimentos de nosso dia a dia e, neles, discerníssemos a ação de Deus, mesmo através de fatos obscuros!

Na visita ao menino Jesus, os pastores encontraram um casal José e Maria e seu bebê, Jesus. Nada de extraordinário, mas exatamente por causa do anúncio do Anjo viram, na simplicidade do Menino, alguém do jeito deles, o Salvador deles, o Deus conosco. 

A imposição do nome Jesus, Javé Salva, certifica de que ele veio para salvar não apenas os pastores, o povo judeu, mas a humanidade inteira, sempre privilegiando os pobres e marginalizados; Queiramos ou não, o Verbo poderia ter-se encarnado como rico, classe média, onde e como lhe aprouvesse. Contudo, foi como pobre, com os pais em trânsito, excluído de um teto, usando emprestada como berço uma manjedoura que ele quis vir ao mundo e desse modo quis viver seus 33 anos e morrer, também excluído, fora da cidade, entre dois malfeitores, como malfeitor e sendo executado com a morte adequada aos escravos que deveriam ser castigados. E é desse modo que ele salva todos nós e nos inclui no número dos redimidos, dos eleitos, dos filhos de seu Pai.

Uma vez filhos de Deus, pelo sangue de Jesus, vivamos como tal. Esse convite nos é feito por São Paulo na segunda leitura.
Quis são as formas de escravidão que existem em nosso mundo e nos deixamos cativar? O que fazer para não perdermos nossa identidade de homens livres, de filhos de Deus? Certamente sermos irmãos de todos, lutarmos não apenas pela solidariedade, mas pela fraternidade irá nos assegurar a dignidade real recebida no dia de nosso batismo, no dia de nosso resgate. Além do mais somos da paz e a paz só existe quando a justiça é realizada.

Ao lutarmos pelo bem comum, pela justiça, lutamos pela paz e sinalizamos que somos filhos do Pai, irmãos de Jesus, o Príncipe da Paz e, na verdade, lutamos pela instauração do Reino de Deus, Reino de Justiça, do Amor e da Paz. (CAS)  

Papa escolhe tema para Dia Mundial da Paz 2011

"Liberdade religiosa, caminho para a paz" é o tema escolhido por Bento XVI para a celebração do 44º Dia Mundial da Paz, em 1º de janeiro de 2011.
 O tema foi apresentado na manhã desta terça-feira, 13. "O Dia colocará em relevo o tema da liberdade religiosa. Isso enquanto no mundo registram-se diversas formas de limitação ou negação da liberdade religiosa, de discriminação e marginalização baseadas na religião, levadas até a perseguição e à violência contra as minorias religiosas", indica um comunicado divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
 O texto continua: "A liberdade religiosa, portanto, existe autenticamente quando é coerente com a busca da verdade e com a verdade do ser humano. Isso nos ofecere um critério fundamental para o discernimento do fenômeno religioso e de suas manifestações. Permite-nos, com efeito, excluir a "religiosidade" do fundamentalismo, da manipulação e da instrumentalização da verdade e da verdade do ser humano. Dessa forma, tudo o que se oponha à dignidade do ser humano se opõe à busca da verdade, e não pode ser considerado como liberdade religiosa".
 A nota recorda o que já foi afirmado por Bento XVI diante da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU): "os direitos humanos devem incluir o direito de liberdade religiosa, compreendido como expressão de uma dimensão que é ao mesmo tempo individual e comunitária, uma visão que manifesta a unidade da pessoa, mesmo distinguindo claramente entre a dimensão de cidadão e a de crente".
 Atualmente, são muitas as áreas do mundo nas quais persistem formas de limitação à liberdade religiosa, seja onde as comunidades de crentes são uma minoria, seja onde as comunidades de crentes não são uma minoria e sofrem também de formas mais sofisticadas de discriminação e marginalização, no plano cultural, e de participação na vida pública civil e política.
 "É inconcebível que crentes devam suprimir uma parte de si mesmos, a sua fé, para serem cidadãos ativos; nunca deveria ser necessário renegar Deus para poder gozar dos próprios direitos. Os direitos relacionados com a religião necessitam como nunca de serem protegidos se forem considerados em conflito com a ideologia secular prevalecente ou com posições de uma maioria religiosa de natureza exclusiva", continuou o Papa no discurso à ONU.
 O comunicado conclui ressaltando que "o ser humano não pode ser fragmentado, dividido por aquilo que crê, porque aquilo no que crê tem um impacto sobre sua vida e pessoa. O rechaço a reconhecer a contribuição à sociedade que está enraizada na dimensão religiosa e na busca do Absoluto - expressão por sua própia natureza da comunhão entre pessoas- privilegiaria efetivamente uma abordagem individualista e fragmentaria a unidade da pessoa".

O Dia Mundial da Paz é celebrado desde 1968. [Fonte: Vatican Information Service]
Temas sobre o Dia Mundial da Paz desde 1969

Ano
Tema sobre a paz
1968
 O Dia Mundial da Paz.
1969
 A promoção dos Direitos do Homem, Caminho para a Paz.
1970
 A Educação para a Paz.
1971
 Todo o Homem é meu irmão.
1972
 Se queres a Paz, trabalha pela Paz.
1973
 A Paz é possível.
1974
 A Paz depende de Ti.
1975
 A Reconciliação, Caminho para a Paz.
1976
 As verdadeiras Armas da Paz.
1977
 Se queres a Paz, defende a Vida.
1978
 Não à Violência, Sim à Paz.
1979
 Para alcançar a Paz, sim à Paz.
1980
 A Verdade, Força da Paz.
1981
 Para servir a Paz, respeita a Liberdade.
1982
 A Paz, Dom de Deus, confiado aos Homens.
1983
 O diálogo  para  a Paz, um  desafio  para  o nosso tempo.
1984
 De um coração novo nasce a Paz.
1985
 A Paz e os Jovens caminham juntos.
1986
 A Paz, valor sem fronteiras.
1987
 Desenvolvimento e solidariedade, chaves da Paz.
1988
 Liberdade de invocar Deus, Caminho para a Paz.
1989
 Se queres a Paz respeita as minorias.
1990
 A Paz com Deus Criador, Paz com toda a Criação.
1991
 Se queres a Paz respeita a consciência de todo o Homem.
1992
 Crentes unidos na Construção da Paz.
1993
 Se queres a Paz vai ao encontro dos Homens.
1994
 Da Família nasce a Paz para a Humanidade.
1995
 Mulher educadora da Paz.
1996
 Asseguremos às Crianças um futuro de Paz.
1997
  Oferece o Perdão, recebe a Paz.
1998
  Da Justiça de cada um, nasce a Paz para todos.
1999
No  respeito  pelos  direitos  humanos, o  segredo da verdadeira Paz.
2000
Paz na Terra aos homens que Deus ama.
2001
Diálogo entre as culturas para uma civilização de amor e paz.
2002
Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão.
2003
Pacem in Terris: Um compromisso permanente.
2004
Um compromisso sempre atual:Educar a paz.
2005
Não te deixes vencer pelo mal, vence o mal com o bem
2006
Na verdade, a paz.
2007
A paz verdadeira exige respeito dos direitos humanos.
2008
Família Humana: Comunidade de Paz
2009
Combater a pobreza, construir a paz
2010
Se queres a paz, cuidas da criação
2011
Liberdade religiosa, caminho para a paz